Enquanto houver período de chuvas, sempre haverá uma desculpa, ou melhor, uma “muleta” para as administrações municipais atrasarem obras e até não entregá-las. Fico às vezes imaginando como um fenômeno natural recebe tanta culpa e não tem, sequer, direito de resposta. Observando que se São Pedro fosse entrar com ação nos Tribunais de Justiça para requerer indenização dos secretários de obras, estes estariam lotados e com uma demanda estrangulada. Pois bem, as obras do PAC – o Programa de Aceleração do Crescimento já passaram por dois períodos chuvosos e tinham como prazo de conclusão, novembro de 2010. Mais uma vez, entrou a chuva para aliviar o peso de culpa dos gestores e prorrogar o prazo de conclusão da obra. Em entrevista ao Bom Dia Mirante o Secretário de infra-estrutura, Roberto Alencar explicou mas não justificou o atraso das obras. Indignados os presidentes de associações dos bairros beneficiados mostraram em matéria exibida pelo Sistema Mirante, o sofrimento, o lamaçal e os alagamentos em virtude do canteiro de “problemas” em que se transformou o que foi planejado para ser solução. É lamentável. Agora só resta torcer... E passar a lembrar da chuva, como inocente dessas acusações, como na mensagem da letra do grupo de forró pé de serra Falamansa que diz:
Oh Chuva
Composição: Luís Carlinhos
Você que tem medo de chuva
Você não é nem de papel
Muito menos feito de açúcar
Ou algo parecido com mel
Você não é nem de papel
Muito menos feito de açúcar
Ou algo parecido com mel
Experimente tomar banho de chuva
E conhecer a energia do céu
A energia dessa água sagrada
Que nos abençoa da cabeça aos pés
E conhecer a energia do céu
A energia dessa água sagrada
Que nos abençoa da cabeça aos pés
Oh! chuva
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar.
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar.
Tem dias que a gente acorda com medo do escuro
Tem dias que a gente dorme sente-se inseguro
Então quando a gente acorda e acende a luz pra ver
Percebo que já tenho tudo e falta você
Tem dias que a gente dorme sente-se inseguro
Então quando a gente acorda e acende a luz pra ver
Percebo que já tenho tudo e falta você
A cor do mar
O céu azul o vento lá sopra pro sul
E a cor da areia se confunde
Com seu corpo nu (2x)
O céu azul o vento lá sopra pro sul
E a cor da areia se confunde
Com seu corpo nu (2x)
Oh! chuva
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar.
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar.
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